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A tal da coragem de empreender

A tal da coragem de empreender
Anna Gaglioti
jul. 21 - 4 min de leitura
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Muito Prazer! Eu sou a Anna Gaglioti, formada em administração e maquiadora desde os 15 anos. 

 Eu sempre fui movida a sonhos e o não sempre me fez querer provar que eu podia sim fazer, conquistar e ir atrás, por conta disso eu sempre ouvi dos outros “Nossa como você é corajosa” e sabe, por muitas vezes eu ouvi essa frase e acreditei nela, afinal tudo aquilo que eu quero e coloco na cabeça eu vou até o fim, até conseguir. 

Lembro do meu primeiro estágio, nossa como eu queria trabalhar naquele lugar, e não era fácil conseguir uma vaga no Tribunal de Justiça, ainda mais sendo uma mera estudante de tecnólogo em administração de um colégio estadual, nem na faculdade e nem cursando Direito eu estava. E foi com a minha cara e “coragem” e uma insistência um tanto quanto irritante que eu consegui 3 entrevistas e por fim a tão sonhado vaga.

Dali para frente a coragem só foi aumentando no mesmo compasso em que os sonhos foram crescendo, nesse caminho me perdi muitas vezes, mas me achei tantas outras quanto essas. Abri minha primeira empresa aos 19 anos, expandi com 21 e a perdi com 26 no meio dessa loucura de ano, no meio de uma pandemia global.

Por mais que seja recente, já vejo quanto eu encarei nesse tempo, com tanta coragem e força que nem eu sei de onde tirei, muito do que conquistei foi reflexo de sempre persistir naquilo que cismasse que era pra ser meu, por um lado essa minha força era algo muito bom, mas por outro vinha com os seus ônus.

Há dois anos eu abri um modelo inovador de negócio, um coworking de Profissionais da beleza, algo que pulsava meu coração, afinal eu mesma já era maquiadora, mas fui na cara e na coragem. Empreendi na raça, sozinha, com capital próprio e pequeno, com impostos altos, leis que mais nos prejudicam do que ajudam e um sistema que nos faz sentir inimigo no seu próprio país, mas após dois anos cheguei a seguinte conclusão; aquela coragem que muitos me falavam que eu tinha na verdade não passava de uma certa falta de "noção". É, poisé, noção. Noção do que eu enfrentaria, dos problemas e principalmente da responsabilidade que empreender desprende.

Se hoje eu voltasse no tempo e pudesse sentar em frente uma tv e ver toda a minha trajetória, todo o caminho que trilhei até aqui, eu com certeza não teria me jogado nessa coragem absurda, jovem e destemida. Mas calma, eu não to aqui pra te desmotivar.

O que eu tiro de tudo isso, é que hoje eu sei exatamente o que não fazer, o caminho a não seguir e toda a experiência tão intensa para uma mulher de 26 anos, a se eu pudesse mostrar para a Anna dos 15 anos que tudo daria certo, mesmo que dando errado. Louco isso não é? Mas isso é viver, é Paixão, é intensidade é o famoso 8 ou 80, é descartar tudo aquilo que é morno, me entende?

Eu fracassei, eu me senti mal, incapaz por mim e por todas as minhas, assim como milhares de micro empresários estão se sentindo fechando suas portas, desmontando seus sonhos durante este momento duro que estamos vivendo.

Eu demorei para aceitar isso, mas hoje eu vejo que muito além da dificuldade, pude tocar vidas, mudá-las e fazer parte de grandes conquistas, ser ponte para outras mulheres se inspirarem e terem a mesma "coragem " que eu tive e isso que importa. Este ciclo se fechou mas novos tempos estão por vir, estamos vivendo um processo e temos que aceita-lo, os sonhos não acabaram, as portas não se fecharam, o que somos está aqui dentro e como tudo que tem início, meio e fim , aguardamos esse ciclo se iniciar novamente e veremos ele iniciar várias e várias vezes .

De tudo isso, o mais importante que tenho a te dizer é: Você não tá sozinha, é só um momento e ele vai passar garota!


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